domingo, 15 de fevereiro de 2009

Killer.

Lary e Peter conheceram-se em Outubro de 1991.Peter observava Lary a algum tempo, no local onde ela trabalhava.Lary trabalhava na biblioteca do colégio, não era o melhor trabalho do mundo, mas ela gostava do que fazia.Tinha amizade com todos, incluvise com alguns alunos que frequentavam o local ( baseia-se em nerds, e todo o pessoalzinho estranho da escola, já que a elite popular do colégio não passava nem perto da porta ).A biblioteca era um lugar estranho, no qual chegava-se a ter um pouco de medo.Tinha grandes estantes empoeiradas, corredores longos e estreitos... Escuro.Após ás 15h30 da tarde, o local começava a ficar pior do que se imaginava.Mesmo com uma boa iluminação, ficava com um ar fúnebre.Os funcionários que trabalhavam lá conseguiram convencer a diretoria do colégio a deixá-los trabalhar até este horário, pois era em vão ficar lá até depois das 15h.Ninguém tinha coragem de passar por lá.
Peter, nunca foi um bom aluno.Não se preocupava com os estudos, não tirava boas notas...Só sabia jogar no time de futebol do colégio.Frequentava regularmente a sala de detenção, pois não conseguia ficar um segundo sem arrumar encrenca com alguém.
Sempre que conseguia, após o horário escolar, passava na biblioteca para fazer hora.Ele não gostava de livros, de bibliotecas, ou lugares com aquele ar bizarro que chega a dar um frio na barriga.Mas sua vontade de ficar olhando para a bibliotecária era maior que ele.
Lary tinha longos cabelos loiros, olhos castanhos, mas um castanho que brilhava num tom avermelhado.Sua estatura era mediana, não era gorda, e nem magra.Era perfeita em sua visão.Ficava irritado pois não conseguia chamar a atenção da moça, ela nem o olhava.
'Como ela não percebeu minha presença ainda? ' - Pensava, indignado.Peter fazia parte da elite escolar, todos sabiam quem eram.Não gostava da idéia de que a garota por qual estava interessado não fazia noção nem de sua existência.Então decidiu conversar com a moça no dia seguinte.
Ela por sua vez, era uma pessoa muito desligada.Não lembrava das coisas, não prestava atenção em quase nada e nem em ninguém.Sua vida era monótona e sem graça, não fazia nada aos finais de semana, não tinha amigos.A única coisa que ocupava um pouco de seu tempo, era ir ao colégio e depois trabalhar na biblioteca.Voltava pra casa, tomava seu banho e ia para sua cama sonhar com uma vida que para ela parecia muito distante de sua realidade.Ela não acreditava na mudança, pensava que aquilo seria pra sempre.
No dia seguinte, enquanto lia seu novo livro sobre ' Técnicas de tortura da Ditadura Militar' um cara veio chamar-lhe a atenção.Lary parou por um instante, encarando o sujeito nos olhos, se perguntando :
'Ok, o que esse cara quer aqui?'
Ela não sabia o motivo, ele era da turma dos 'legais e populares' não poderia estar interessado em algum livro. 'O que deseja?' - Perguntou ao rapaz.
'Bom, eu estava...Hum.' - Disse gaguejando, tentando continuar a frase.
'Eu estava querendo algum livro que pudesse me ajudar em matemática.' - Afirmou.
Lary se assustou.Por um segundo ficou encarando o garoto, pensando na possibilidade dele estar brincando com sua cara.Levantou-se, deu a volta no balcão e pediu que ele a acompanhasse até o corredor de exatas.Subiu a pequena escadinha de madeira, tentando alcançar os livros da ultima prateleira.
'Bom, eu acho que este livro vai poder ajudar você, já vi diversas pessoas o levando para casa.' - Disse ao garoto entregando o livro.
'Oh sim, obrigada.Levarei este então...Inclusive, meu nome é Peter.Eu jogo no time de futebol do colégio.' - Respondeu pegando o livro.
'É, eu sei quem você é.Bom, mais alguma coisa?' - Disse indiferente.
'Não, acho que é só isso.'

Os dois seguiram até a recepção, Lary fez o registro do livro, e entregou a ele.Peter ficou a encarando, tentando puxar conversa.Mas pela primeira vez, ficou com um pouco de receio, nenhuma garota até então havia lhe respondido com tanta frieza assim.Pegou seu medo e o engoliu.Tentou puxar conversa novamente com a garota.De primeira, ela recusou-se a tentar estabelecer um diálogo com Peter.Não conseguia achar algum motivo relevante o bastante para explicar o motivo daquela pessoa estar tentando ser por cima um colega de escola.'O que ele pode estar querendo comigo?' - Pensava, mas não achava resposta alguma.
Depois de três semanas, Lary sedeu e virou amiga de Peter.Os dois passavam o tempo todo na biblioteca, conversando coisas que seriam inúteis para aprender-se alguma coisa, mas que divertiam muito.Até que, um dia, Peter chamou Lary para sair.Ela recusou de primeira, mas depois dele ter insistido tanto, ela se deu uma chance de viver alguma coisa.Saíram em uma sexta-feira, foram até o cinema.
Peter estava contente por ter conseguido fazer com que Lary aceitasse seu pedido, não aguentava mais aquela situação de 'mimimi, você é minha amiga'. O que ele mais queria mesmo era ter alguma coisa com ela.Não sabia se era algo a mais do que apenas uma transa, mas ele queria logo que acontecesse, nem que pra isso ele teria que pedi-la em namoro.
Dentro da sala de cinema, ele tentou beijá-la, mas Lary não deixou.Ficou com medo, nunca tinha ido á um cinema com um garoto.Ela sabia que caras como ele na maioria das vezes só queria brincar com meninas que aparentemente pareciam bobas.Tinha medo de estar sendo enganada, de se iludir, de se magoar.Passaram a sessão inteira no jogo de 'gato e rato', onde Lary sempre fugia.O filme terminou, e Peter não havia conseguido nada.Enquanto caminhavam até a casa de Lary, Peter perguntou se ela tinha medo de se aproximar dele.Lary não sabia como dizer a ele, mas por dentro sabia que sim.Fixou seu olhar em Peter, e com a cabeça acenou dizendo que sim.Neste momento, ele parou enquanto ela continuava andando.Lary percebeu que estava caminhando sozinha apenas quando virou a rua, e não viu Peter ao seu lado.Deu meia volta e retornou até o local.
'Por que você parou de andar?' - Perguntou com medo da resposta.
Peter a encarou, se aproximando aos poucos.Chegou a uma distância relativamente próxima a Lary, quando a agarrou e deu-lhe um beijo de 'tirar o fôlego'.Ela ficou assustada, começou a tremer, não sabia se iria conseguir parar tudo aquilo.Desistiu.Se entregou totalmente.

Os dias se passaram e Lary e Peter estavam cada vez mais próximos.Peter estava realmente gostando de Lary, já não queria só tirar proveito.Não conseguia ver nenhum cara conversando com a garota, que logo se irritava.Achava que todos estavam tentando tirar proveito de sua namorada.Seu ciumes começou a tornar-se tão obcessivo que chegou a bater em alguns deles, onde até foi preso.Peter bateu tanto em Micke, que este chegou a desmaiar, tendo uma hemorragia forte, parando no hospital.Lary já não aguentava aquela situação, não aguentava ver seu namorado espancando a todos por conta de 'bom dia' que recebia.
Tentou conversar com Peter, mas este não teve efeito.Peter que havia ficado irritado com o depoimento da garota, lhe deu um tapa no rosto.Lary começou a chorar, não acreditava que Peter havia feito aquilo.Ele, por sua vez, arrependeu-se no mesmo instante de ter encostado em Lary, e tentou abraçá-la.Lary não deixou, estava assustada.Pegou suas coisa, foi embora para casa.
Naquela noite chuvosa,Lary não conseguia parar de chorar.Peter ligava de 5 em 5 minutos em seu celular.Ela não atendia.
Escreveu uma carta endereçada a Peter, e pediu que seu vizinho a entregasse em sua porta.

'Peter,

Amo você.Mas não aguento esta situação.
Você é doente, deveria procurar um médico.Sua agressividade e possessão estão destruindo o cara que conheci a meses atrás...Você mudou tanto, que não te reconheço mais.
Perdoe-me, mas é demais pra mim.
Espero que você se cuide, e seja muito feliz.


Lary.'

Peter leu a carta.Não conseguia parar de chorar, não entendia o porquê de tudo aquilo, não entendia porque havia mudado tanto com todos, mudado sua vida, mudado com Lary.Ele se culpava pelo acontecido, afinal, a culpa era dele.Passou-se algumas semanas, e ele tentou se redimir com Lary, mas nada era suficiente o bastante para apagar todo o mal que ele tinha causado a garota.Seu ciúme ia aumentando, sua raiva também.Não conseguia fazer outras coisas, largou o time de futebol, não ia mais a escola...Apenas á biblioteca.
Lary não aguentava mais aquela perseguição.Peter a seguia, a observava todos os dias, ele estava doente, possesso.Ele não era mais ele.
Estava começando a ficar com medo.Foi a delegacia, fez uma denuncia.Peter foi preso, mas, a polícia não havia achado nenhuma prova concreta contra ele, então o liberou.
Peter viu-se transformando em um monstro.Agora a única coisa que ele queria era Lary, apenas ela poderia o curar.Então fez um plano.

Após o itinerário da biblioteca, Lary foi para casa.Era um dia frio, escuro...Uma sensação terrível.Tinha a sensação de estar sendo seguida, porém, não via ninguém.
Peter conseguiu alcançar Lary, agarrando-lhe pelas costas, fazendo com que a garota ficasse imobilizada, sem reação.Então, aplicou-lhe anestesia, fazendo com que apagasse no mesmo instante.
Lary acordou amarrada e amordaçada em uma cama.Não reconhecia o local, nunca tinha visto aquele quarto horrível, escuro...Com ar mortuário.Peter apareceu logo em seguida, olhando carinhosamente para ela.

'Agora nós vamos ficar juntos pra sempre, amor' - Aproximou-se da garota, fazendo-lhe carinho no rosto. Lary não conseguia parar de chorar.Peter ficou irritado, e acabou dando-lhe um soco.
' Pare de chorar! Você foi feita pra mim, fato.Nosso destino é ficarmos um com o outro para sempre' - Dizia, com uma voz doentia.Lary percebeu que ele não havia apenas lhe dado o soco, assim que conseguiu mover a cabeça para olhar os pés, viu diversos cortes em todo seu corpo.
Não acreditava em tudo que via... A situação insposta, toda aquela situação doentia.
Lary chorava.
Peter, pedia para que a garota não chorasse, e nem se desesperasse...Ele não 'queria' fazer mal a ela, ( pena que na consepção dele, mal tinha outro sentido ).
'Se você voltar pra mim, eu solto você. O que me diz?' - Tirou a mordaça.
'Nunca.' - Gritou Lary, cuspindo em sua cara.

Ele se irritou.Pulou em cima da garota. Ela gritava, ninguém ouvia.Peter a estuprou, enquanto ela chorava, gritava...Suas feridas, sangravam.Ele irritou-se mais uma vez...Espancou a menina.
Lary, cansada, dolorida...Invadida, já não tinha mais força para gritar por socorro...Desistiu.
Ainda viva, Peter começou a cortá-la...arrancou-lhe os pés, multilou seus seios... cortou sua língua.Estava quase morrendo.
' Nós vamos ficar juntos pra sempre, amor...Você verá, você verá' - Repetia a todos os momentos.
Assim que Lary morreu, Peter cortou seu corpo em pedaços, separando os membros, limpando por dentro.Havia sangue por toda parte, no quarto todo.
Colocou os pedaços dentro de um baú, onde levou pra casa. Sua cabeça, colocou dentro de um vidro, onde ela olhava pra ele... Num olhar vazio, um olhar de tristeza.
Peter colocou ao lado de sua cama, e o baú aos pés.Ninguém nunca mais o viu, nunca mais apareceu.Agora ele se mantinha dentro de seu quarto, não comia... Não bebia.
Todos se perguntavam aonde poderia estar o casal, ninguém tinha a resposta...


E uma voz, ao final do corredor... Vindo de um quarto escuro, trancado, dizia.

' Eu disse que iriamos ficar juntos pra sempre, não disse?'


Por: Natalia M. ( Nina )

13 comentários:

  1. NOSSA!
    *o*
    cara, sensacional.
    que história,li do começo ao fim *-*
    amei.

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  2. Eu gostei. É bem, sei lá, dramático, hehe.
    Ah, o meu blog não é sobre futebol. É só um acontecido... acontecido ? Que seja, bom, que aconteceu hoje e eu me senti a vontade pra postar ali, né.

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  3. Meldelz esse final foi muito triste e chocante,essa historia foi muito foda mesmo,amei.

    <3

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  4. Bem, muito louca a história, triste e chocante é pouco para descrever. Sou um blogueiro que só agora tá começando a ter visitas, gostaria de receber uma visita sua. www.mersonreis.blogspot.com , beijos. Parabéns pelo blog.

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  5. coloquei teu blog nos que eu recomendo *-*

    beiijos ;*

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  6. Nossa, achei bem legal, intenso *-*.

    Lógico que eu não achei bonitinho @_@, essa coisa meio paranóia demais me assusta shaiueha.

    Só acho que foi um pouco corrido, apesar do post ser enorme e bem detalhado, teve umas coisas q passou muito rápido.

    Aicu... a imagem do final ficou na minha cabeça =x

    Hshiauhea parabéns aê, continua assim \o\

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  7. Adorei essa Sakura, muito bem escrito, psicótico e doentio, amei!

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  8. Só acho que foi um pouco corrido, apesar do post ser enorme e bem detalhado, teve umas coisas q passou muito rápido. [2]

    Mas nossa Nah! ta mto bom! serio!
    E adorei a imagem xDDDD

    *-*

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  9. Gosto de caoisas fúnebres. Gostei do teu blog. Belo texto. Também gosto de postar contos, mas os meus são um tanto auto-biográficos. Enfim... Voltarei.

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  10. nunca consigo comentar aqui ¬¬


    enfim, já escrevi tantos coments inspirados e o blogspot me boicotou naiuhuaihaiuhiahiaa

    mas

    você já pensou em tornar esse conto algo maior, e escrever um livro? uuuuhhhhhhhhhh

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  11. Yep XD Não consigo comentar aqui tb! x.x Internet filha da puta, viu..

    Mas então o.o Filha, curti. Tá angst fodão XD Mas mais no estilo não-romântico, horror mesmo... gostei ^^ Adoro temas assim, acho super legals *-*

    Tá estilo Kaoru Yuki, só que sem romance XD curti.

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p*